14 de junho de 2009

Solidão

s. f.
Retiro; lugar solitário; isolamento.

Acho um pouco restritivo esse significado, apenas dá a sensação de algo ruim, sem escolhas.
Solidão é algo que às vezes se busca!
Atire a primeira pedra quem nunca teve um momento em que tudo o que mais queria era ficar sozinho, nem que fosse por alguns minutos!
Então, porque fazer alarde quando alguém prefere ficar só a embarcar em uma noitada barulhenta?
Eu convivo muitíssimo bem com isso e não saio se não tiver com vontade - só para agradar os gregos ou troinanos (o que seria pouco provável).

Até entendo que há pessoas que só conseguem viver em bandos, que a vida é uma eterna festa, mas... será que não cansam disso?
Às vezes me pergunto se algum dia isso vai mudar, ou se quando mudar sobreviverão a um tempo de solidão.

Pois então, eu entendo a solidão de uma forma diferente: estar sozinho, mas nunca solitário!
Não se isolar, apenas estar em paz consigo mesmo em algum momento, onde você deseja estar com seus pensamentos, lendo algo, não pensando em trabalho, contas, preocupações...
Simples assim!

É óbvio que adoro e estou sempre no meio de muita gente no meu dia-a-dia, mas tenho meus momentos também.

Dificil entender?
Não é... tente!

Um abraço afetuoso e linda semana!

8 de junho de 2009

Memórias

As memórias do livro - Geraldine Brooks, Ediouro, 2008, 384 págs.

Na Bósnia arrasada por anos de guerra civil, um raro manuscrito judeu medieval reaparece. É a lendária Hagadá de Saravejo, um volume único, que contrariava as restrições judaicas da época em relação às ilustrações. Um livro com uma história cercada de enigmas. Como esse manuscrito foi feito, apesar das restrições rabínicas? E como sobreviveu a séculos de anti-semitismo na Europa? Para desvendar esses mistérios, Geraldine Brooks apresenta aos leitores Hanna Heath, a restauradora australiana para analisar e recuperar o manuscrito.

Geraldine Brooks escreveu esse livro baseado em alguns fatos e personagens reais, porém acrescentou uma rica ficção que nos transporta pela história, pelos conflitos religiosos que se arrastam por séculos.

A escritora deixa bem claro no pósfacio o que é realidade e o que é ficção, porém a leitura é de muito empolgante. A restauradora Hanna descobre a cada página uma suposta pista da trajetória do manuscrito.
Cada pista rende a verdadeira história daquilo encontrado.... que está longe do que ela supôs.
Cada nova história é de uma riqueza de detalhes históricos, bem pesquisados pela escritora, que nos transporta para o cenário que ela descreve.
Guerras, escravidão, preconceitos raciais e religiosos, vingança, ódio, morte, doença, mas também esperança, amor e gratidão.

Tenho lido bons livros, cada qual tem um valor diferente.
Esse tem uma leitura inicial que não contagia - foi assim comigo, porém recomendo a quem realmente goste de uma boa história, quem consiga se envolver com cada uma das personagens que surgem a cada nova pista encontrada no manuscrito.

Amor, muito amor em nossas vidas!

P.S.: A borboleta em alto relevo no alto e a direita, na capa, não influenciou em nada no meu interesse pelo livro... rs

7 de junho de 2009

Ausência

O blog está um pouco abandonado.
Não apareceu ninguém para tirar a poeira e ela se amontoou pelos cantos e vãos.

Senti falta de andar por aqui, mas algumas interferências cotidianas me deixaram fora por uns dias.
Desde uma conexão com vida e vontade próprias - diferentes das minhas necessidades. Até uma exaustão psicológica que fazem as boas idéias sumirem por um tempo.
Até a leitura ficou devagar, um livro ótimo que deveria ter sido devorado, foi sutilmente degustado, algumas vezes teve as páginas relidas tamanha falta de atenção aos fatos descritos.
Nem o frio (que eu amo) e que me enche de entusiasmo me trouxe para esses lados.

Maio se foi e junho já vem de vento em popa.

Quem sabe os bons ventos não tragam a energia necessária de volta?
E se isso não funcionar, uma boa réstia de alho deve espantar algum sugador de plantão (eles sempre estão atentos à nossa distração).

Se alguém souber de alguma outra receitinha, por favor, não se acanhe!

Abraço afetuoso!