18 de janeiro de 2010

Parábola




A diferença entre o céu e o inferno


Conta-se que um poeta estava um dia passeando ao crepúsculo em uma floresta, quando de repente surgiu diante dele uma aparição do maior dos poetas, Virgílio.
Virgílio disse ao apavorado poeta que o destino estava sorrindo para ele e que ele tinha sido escolhido para conhecer os segredos do Céu e do Inferno.
Por mágica Virgílio transportou-se e ao poeta, ainda apavorado com experiência tão súbita, ao velho e mítico rio que circundava o submundo.
Entraram em uma canoa e Virgílio instruiu o poeta para remar até o Inferno.
Quando chegaram, o poeta estava algo surpreso por encontrar um lugar semelhante à floresta onde estavam, e não feito de fogo e enxofre nem infestado de demônios alados e criaturas nojentas exalando fogo, como ele esperava.
Virgílio pegou o poeta pela mão e levou-o por uma trilha.
Logo o poeta sentiu, à medida que se aproximavam de uma barreira de rochas e arbustos, o cheiro de um delicioso ensopado. Junto com o cheiro, entretanto, vinham misteriosos sons de lamentações e ranger de dentes.
Ao contornar as rochas, depararam-se com uma cena incomum. Havia uma grande clareira com muitas mesas grandes e redondas. No meio de cada mesa havia uma enorme panela contendo o ensopado cujo cheiro o poeta havia sentido, e cada mesa estava cercada de pessoas definhadas e obviamente famintas.
Cada pessoa segurava uma colher com a qual tentava comer o ensopado.
Devido ao tamanho da mesa, entretanto, e por serem as colheres compridas de forma a alcançar a panela no centro, o cabo das colheres era duas vezes mais comprido do que os braços das pessoas que as usavam. Isto tornava impossível para qualquer uma daquelas pessoas famintas colocar a comida na boca. Havia muita luta e imprecações enquanto cada pessoa tentava desesperadamente pegar pelo menos uma gota do ensopado.
O poeta ficou muito abalado com a terrível cena, até que tampou os olhos e suplicou a Virgílio que o tirasse dali.
Em um momento eles estavam de volta à canoa e Virgílio mostrou ao poeta como chegar até o Céu.
Quando chegaram, o poeta surpreendeu-se novamente ao ver uma cena que não correspondia às suas expectativas.
Aquele lugar era quase exatamente igual ao que eles tinham acabado de sair. Não havia grandes portões de pérolas nem bandos de anjos a cantar.
Novamente Virgílio conduziu-o por uma trilha onde um cheiro de comida vinha de trás de uma barreira de rochas e arbustos.
Desta vez, entretanto, eles ouviram cantos e risadas quando se aproximaram.
Ao contornarem a barreira, o poeta ficou muito surpreso de encontrar um quadro idêntico ao que eles tinham acabado de deixar; grandes mesas cercadas por pessoas com colheres de cabos desproporcionais e uma grande panela de ensopado no centro de cada mesa.
A única e essencial diferença entre aquele grupo de pessoas e o que eles tinham acabado de deixar, era que as pessoas neste grupo estavam usando suas colheres para alimentar uns aos outros.


Robert B. Dilts e outros
No livro Neuro-Linguistic Programming Vol. I (Meta Publications)
Tradução: Virgílio Vasconcelos Vilela.


2 comentários:

Anônimo disse...

Quem controla o destino?
Quem é o dono da sorte?
Quem comanda a vida?
Quem manda afinal?

Já perdi aposta
Já arrisquei e quebrei a cara
Já acreditei e me decepcionei
Estou cansado da vida que tenho

Quem manda no destino afinal?
Quem tem controle remoto dos acontecimentos?
Que sabe quando, onde e como vai acontecer?
Quem esta escrevendo as páginas da minha vida?

Existe uma divergência de opiniões
Entre o que eu quero que aconteça
O que acontece de fato
Entre meu desejo e o acontecimento

Estou demitindo você do controle da minha vida
Esta demitido por pura incompetência
Não é isso que quero para a minha vida
Não é essa vida que quero ter

Chega de sofrimentos e lamentos no amor
Chega de vida dura no trabalho
Chega de servir de apoio aos outros
Seu modelo de gerenciamento é péssimo

Seja qual for a definição
Destino, era pra ser ou seja lá o que
Estão TODOS demitidos
Minha vida esta sob nova direção

A minha!!!!

Quem esta no controle da sua vida?


Poeta dos Mares
www.poetadosmares.blogspot.com

ઇ‍ઉ mell® ઇ‍ઉ disse...

Poeta dos Mares

EU estou no controle da minha vida, eu faço meu caminho, minhas escolhas e meu destino!
E não permito que interferências externas mudem isso. Se por ventura algo causar o desiquilibrio, eu respiro, respiro, respiro e o leme volta para as minhas mãos.
E pensamento vira imagem, que vira desejo real e materializa-se, lembra-se disso?
Sem conflitos e com muito querer!

Espero que encontre em breve seu rumo, porque isso depende unicamente de você!

Obrigada pela visita, apareça quando quiser, tome um café, mas não ponha os pés sobre a mesa - não é educado...rs..

Beijo